sexta-feira, 26 de outubro de 2007

POLICIAIS DE CHORROCHÓ-BA MATAM JOVEM A CACETADAS.




Aqui está mais uma notícia antiga que não merece ser esquecida pois enquanto o tempo passa e esta notícia fica cada dia mais velha outros casos novos e semelhantes estão acontecendo exatamente agora enquanto você lê esta história. Na foto o jovem Anastácio. O jovem que foi assacinado pelos policiais de Chorrochó-Ba. Um sertanejo assacinado a golpes de selvageria, brutalidade e estupidez de policiais embriagados.


Chega de Violência.


Foi num domingo de setembro de 1995 que um brutal assacinato que deixou a sociedade de Chorrochó estarrecida aconteceu quando 3 soldados PMs assacinaram o trabalhador Anastácio Soares a golpes de cacetete e porradas, rompendo-lhe o pulmão e o baço. Os policiais sairam da cidade sob proteção de 20 soldados da então 2° Cia. Ind. de Polícia de Paulo Afonso-Ba que hoje é o atual 20° batalhão de Polícia Militar. A cena de tortura e espancamento causou grande revolta e indignação, principalmente nas pessoas que ouviam seus gritos e pedidos de clemênmcia. Anastácio era uma pessoa indefesa, prestava serviço a prefeitura local e era querido por toda população. Naquele dia, Anastácio descia do Parque do Vaqueiro, onde dormia, por que a prefeitura cedera o espaço para os evangélicos, que estavam em festa na cidade. Por volta das 1o horas ele se dirigia para o clube para dormir, quando ao passar enfrente á delegacia foi abordado pelo policial Dário, que começou a espancar, sendo ajudado pelos outros PMs de nome Mendonça e Genário. O secretário de saúde de Chorrochó, Antônio José, ao perceber a brutalidade dos policiais, se dirigiu até o local mas, foi empedido pelos mesmos, que totalmente embriagados perguntaram ´´quém é você?´´. Antônio José saiu dalí e foi chamar o vereador Irma, que também entercedeu por Anastácio, um jovem que não fazia mal a ninguém. Os policiais selvagens disseram que ele passaria a noite na cadeia porque estava bêbado. Minutos depois, a vizinhança começou a ouvir os gritos e pedidos de socorro. Nisto uma multidão correu para porta da delegacia, onde os policiais estavam trancados e não deram ouvidos. Neste tempo começaram a espancar o jovem a socos, pontapés e cacetadas. Os gritos eram de clemência e de muita dor. A vizinhança foi se aglomerando em frente á delegacia e num coro só, pediam aos policiais que não cometessem aquela barbaridade, mas, a cada pedido eles ficavam mais enfurecidos ainda. Os gritos do jovem foram se esvaiando ,sumindo, calando, até que tudo virou um silêncio total, como se ele tivesse desmaiado, mas na realidade ele já tinha morrido. As 11:30 hs o ´´trio do crime´´ foi acordar o delegado, Sgt. Dilson dizendo que o rapaz havia ´´desmaiado´´. A médica do município foi chamada e constatou que Anastácio já estava morto. O seu corpo foi encontrado totalmente despido e algemado O intinto de selvageria foi brutal e caracterizada a má intenção dos criminosos quando prenderam o rapaz. O sargento Dilson, o então delegado do município daquela época , ao perceber a tentativa de invasão e linchamento dos policiais, ligou para á então 2° Cia de Polícia Militar de Paulo Afonso, pedindo reforço, pois sabia que dificilmente os PMs conseguiriam sair com vida. Quando a população tomou conhecimento do crime, o Comando já havia deslocado uma kombi com 14 soldados e uma viatura com mais 5. A população foi acordando e em pouco tempo a praça estava inteiramente tomada. Todos gritavam uma só voz: lincha! Soldados assacinos! Bandidos! Animais! O juiz, Dr. Carlos e a promotora de justiça, Dra. Cláudia encarregados do caso naquela época juntaram-se ao Capitão e pediram a população que nada fizessem porque a justiça estava alí pata tomar as previdências. O clima era tenso, e a cada instante mais gente chegava aquela praça. Depois de 12 horas de negociação e promessa de fazer justiça conseguiram tirar os 3 soldados, que já deceram presos para Paulo Afonso. Na segunda- feira, o comércio local não abril, as escolas não funcionaram e uma grande passeata foi formada, saindo da frente da delegacia, onde a população exigia justiça. O corpo foi levado para Juazeiro-Ba, onde foi autopsiado, constando-se que a morte fora causada estouro do pulmão direito e do baço. Os peritos encontraram mais de três litros de sangue coagulando dentro do corpo da vítima. O então prefeito da cidade Paulo de Tarço gestor daquela época foi ao secretário de justiça e ao Comandante Geral da Polícia Militar da Bahia exigir justiça. A população clamava justiça naquele momento e dizia como num coro: É preciso que se dê um fim nessses desmandos. Um abuso que não se pode deixar que aconteça dentro da nossa sociedade, principalmente com gente de bem que vive e trabalha para coletividade. Uma pessoa pacata tola, indefesa, sencível como era o jovem Anastácio. O caso ficou naquele época com a justiça de Paulo Afonso e tudo levava a crer que os policiais iriam pagar pelo crime que cometeram, é claro que eles pagaram pelo crime que praticaram. Um exemplo para outros que praticam ou pelo menos pensam em praticar o mesmo ato neste exato momento enquanto você lê esta história.
OBS: Reportagem e texto original da já extinta Gazeta da Bahia de Paulo Afonso-Ba e emproviso do texto Reporter Amador Anônimo.

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